UMA HOMENAGEM A QUEM FEZ DE SUA VIDA UMA CIDADE

O maior dilema da imensa maioria das pessoas está na definição de objetivos. Os incontornáveis desafios de, em algum momento, seja no início de suas vidas, seja no momento de amadurecimento, encontrar neste constante vir a ser o efetivo devenir, que será o concreto de seu dia a dia que, adornado pela capacidade criativa de cada ser humano!

A sabedoria das grandes mulheres passa inexoravelmente pela construção deste objetivo encarnado não raras vezes pelo seu eterno amado!

Creio firmemente que MARGARITA PERICAS SANSONE, pode e mais que isto, deve ser qualificada como uma das grandes!

Uma vida construindo com amor pelo sempre seu Rafael, que é o único curitibano eleito pelo povo de sua cidade por três mandatos. Ora, ninguém canta aos quatro cantos Curitiba, como tem sido feito por ele nestes últimos quarenta anos. Certamente a segunda voz deste cantar sempre foi de MARGARITA. Todavia, como é bem próprio das grandes, não foram poucas as vezes que o tenor foi substituído pela soprano e ela tratou de cantar e encantar em favor de sua amada cidade e de toda sua gente.

Iluminou muito, e nesta etapa, um farol do saber em vida, transforma-se em estrela a espargir luz que se reflete em amor por Curitiba!

E AS ELEIÇÕES?

Tenho notícia de invasão hacker na Prefeitura de Ponta Grossa. Valho-me de tal fato para lembrar que pode sim ser nada, ou seja, as tais invasões que habitualmente ocorrem na condição dos famosos cybercrimes. Todavia, pode ser tudo – e aí, o tudo nos remete ao momento atual, que é o de campanha política; e como bem sabemos, as campanhas políticas têm o condão de transformar os habituais cordeiros (ou, pelo menos fingem-no ser) em lobos.

O que me causa espécie, todavia, é o menoscabo dos políticos em relação à legislação de proteção de dados e de inteligência artificial. Ainda que a Ministra Carmem Lúcia tenha advertido para a importância do aspecto legal, e mais do que isso, tenha estabelecido linha direta que já recebeu mais de 9.000 denúncias até o momento em que escrevo, as campanhas não demonstram interesse e fazem ouvidos moucos ao cumprimento da lei.

É relevante enfatizar, como já fez de forma didática a Presidente do TSE, que a aplicação da lei poderá resultar em impugnação definitiva de candidaturas. Agora imagine você eleitor, um possível vencedor de eleição em Curitiba, Maringá, Londrina, Cascavel, Ponta Grossa ou Foz do Iguaçu, sem poder assumir porque foi condenado por crime previsto na Lei de Proteção de Dados (LGPD).

Fico pensando que os fatos comuns e comezinhos das campanhas eleitorais já estão deixando apavorados correligionários de Boulos e de  Marçal, imagino a hora que o chicote da LGPD lamber o lombo das campanhas.

HÉLIO MUSQUE X XANDÃO

O descalabro de um Ministro do Supremo Tribunal Federal contender com um gigante da cibernética num terreno baldio e inusitado, só traz consistência ao trabalho paralelo que vem sendo desenvolvido pelo blogueiro internacional Glenn Grevaldo.

Todos têm em memória o quanto o trabalho do americano serviu para a desconstrução permanente que Gilmar Mendes e outros tantos fazem dos fatos inequívocos da Operação Lava Jato. Observo aqui que não sou defensor de metodologia, mas minha condição de cidadão me exige que respeite os fatos. E em relação à Lava Jato, os fatos me levam a decisões de três irrepreensíveis decisões – uma singular, e duas de colegiado – que corroboraram para a corrupção de Lulle e seus parceiros.

O fato de que um singularíssimo recurso modificasse o foro de adequação da Operação jamais teve o condão de absolver os envolvidos na corrupção – tanto verdadeiro, que devolveram bilhões aos cofres públicos.

Portanto o Glenn serviu, ainda que não fosse seu desejo, para arauto dos objetivos de Tony Toffoli e demais. Muito provavelmente, querendo que as coisas voltem ao normal, agora dá suporte à sociedade brasileira para que ela exija não só o término do esdrúxulo, extemporâneo, e ilegal inquérito das Fake News, mas sobretudo para que proceda ao impeachment do Ministro Alexandre de Morais!

O paradoxal é que a briga do Enano Pelatto contra o Gigante Internacional, por enquanto, só produziu efeitos deletérios para a população, que ficará privada do meio mais consistente de rede social.

TUDO MUITO MORNO

Existe uma coisa que definitivamente me intriga, quando comparo as campanhas atuais com as de antanho, vislumbro uma falta imensa de coragem e transparência. Isso me intriga e me induz a pensar: será que os políticos atuais foram infectados por algum vírus da frouxidão; ou ao inverso, o patronato das campanhas com absoluto comando das campanhas das mesmas nas mãos dos títeres partidários induz a uma subserviência que é explicável tão somente pela submissão “à plata”?

O fato é que a democracia – não essa palavra vilipendiada pela boca dos políticos, mas sobretudo a forma ideal de governo – foi e continua sendo conspurcada enquanto o fundo eleitoral estiver manipulado e manietado por presidentes de partido e aqueles que os cercam diretamente.

A grande realidade é que você só vê o real cotejo quando se defronta com os outsiders do sistema – ou seja, aqueles que por esta ou aquela razão têm vida própria e independência.

Não é gratuito que o único pleito que empolga e chama a atenção é o de São Paulo, porque Boulos O Invasor tem vida própria, assim como Marçal, “O Vendedor de Cursos”.

A MESMICE

Espero especialmente em função do comentário acima, que pelo menos os programas eleitorais, ainda que pasteurizados como sempre, possam trazer alento para o processo eleitoral paranaense. Já recebi, no meu programa do Grupo Mercosul, vários candidatos a prefeito; e muito embora expresse meu respeito por todos eles, me incomoda a falta de algum projeto, seja ele qual for e venha de quem vier, que transmita a mim e ao eleitor de cada cidade, uma esperança, um brado, um alerta, alguma coisa que realmente signifique algo de muito novo, algo de muito desafiador, uma ideia brilhante e/ou apaixonante.

Sei que falam em novos hospitais, creches ou escolas, e também sei que isso decorre de aplicação de verbas carimbadas e constitucionais. Com efeito, não basta o mais do mesmo, o de sempre: sinto falta de um desbravador, mas ao mesmo tempo a realidade me dá o seu habitual choque e eu lembro que Juscelino Kubitschek ou Jaime Lerner não estão a vagar por aí. Mas ainda acho fundamental ousar e sonhar…!

OS DESAFIOS

Como Moro, “O Conje” resolveu que tá na hora, tá na hora, ele estabeleceu que o pleito de Curitiba é o fundamental para que ele possa ser levado a sério como possível player em 26.

Ora, a ousadíssima estratégia de desrespeitar o eleitor paulistano, que elegeu uma senhora desconhecida daquele eleitorado deputada federal em homenagem aos feitos da Lava Jato, exige uma vitória da dobrada Ney/Rô. Imagino, portanto, que Moro vai palmilhar cada um dos 75 bairros da capital ao lado da dupla unida!

Por outro lado, o audacioso projeto político do Governador Carlos Massa também está em jogo na eleição da Capital. Não só porque ele escolheu de há muito o seu candidato, Eduardo Pimentel, mas sobretudo e porque exigiu que seu amigo in pecturis Paulo figurasse na chapa. Ora, me lembro de um pleito assaz renhido aqui na Capital, oportunidade em que o então governador Richa colocou seu prestígio na eleição de Roberto Requião em enfrentamento a Jaime Lerner.

Pois bem, Richa, um homem honesto e destemido arregaçou as mangas e foi para às esquinas de Curitiba para o voto a voto. Confesso a vocês que encontrar Júnior ou Moro nas esquinas de Curitiba, falando com o cidadão, e pedindo voto, é a menor expectativa que tenho em relação aos dois – porque se algum deles imagina que a derrota em Curitiba não será fatal em relação às suas pretensões, ah, meus amigos, então eles e seus marqueteiros estão redondamente enganados…!

SILVIO SANTOS

Claro que tudo que já foi dito é muito pouco para louvar um cidadão que começou vendendo caixinha, e legou ao seu contexto familiar herança de bilhões, e legou ao povo uma mensagem permanente de cultura popular. Sei – e bem – que os intelectuais nunca foram fãs deste extraordinário comunicador, mas também creio que mesmo eles sempre serão obrigados a se render ao cidadão que conseguiu ser, ao mesmo tempo, um mascate e o extraordinário empresário, sem perder a essência de olhar no “wil fider” e seduzir o telespectador com sua inigualável capacidade de comunicação.

Dono de uma grandeza pessoal inigualável, se fazia admirar por quem o conheceu. Só o vi uma vez, e nesse dia, testemunhei o quanto ele era grande, em reunião de negociação entre SBT e CNT. Quisera eu que o Brasil fosse muito mais pródigo em pessoas como Senor Abravanel!

ORAÇÃO DE OGIER BUCHI:

DESTINADA A TODOS QUE CHORAM A PERDA DE MARGARITA. AMÉM!

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