Os índices que as pesquisas mostram, sintetizam o sentimento do brasileiro médio em relação ao governo federal, que não demonstra nesta etapa conexão com a cidadania e ao mesmo tempo não encontra no seu condutor alguém com capacidade e liderança efetiva!
Claro, eu não ignoro que quase 30% dos brasileiros ainda cultua alguma forma de admiração ao Presidente e ou ao seu Partido político. Todavia, a diferença aponta de forma inconteste que a maioria do povo deste País repudia a atual gestão.
Episódios recentes expuseram a queda da aprovação e mais, entendo que a catapultaram. Não há diferença básica na conduta dos que dilapidaram a Petrobras, que arquitetaram o Mensalão, que desconstruíram a Operação Lava Jato, e daqueles que meteram a mão de forma sórdida no valor mensal, que aliás é irrisório, dos aposentados!
Claro e óbvio, que sob o escopo moral este último crime do governo Lulle é mais desprezível na medida em que rouba de verdade o pão de cada dia dos homens e mulheres que ajudaram a construir este País.
Esta é a explicação simplória da queda vertiginosa de Lulle nas pesquisas: desta vez o governo compactuou com o roubo dos aposentados, inclusive e especialmente os do Nordeste!

Em primeiro e fundamental lugar, conveniente separar o que representa a Presidência dos Estados Unidos e do Brasil e os atuais presidentes de um e outro. Estabelecido que as relações país versus país devem obedecer rigorosas estratégias determinadas pela liturgia democrática e que estas regras têm um nível de flexibilidade bastante restrito, há que estabelecer que os dois países nesta etapa são presididos por homens que têm um ego extraordinariamente exacerbado, e que nem sempre – ou quase nunca – separam sua figura física da figura jurídica, que é a de Presidente da República.
Ora, não é difícil estabelecer que uma briga comercial entre as duas nações representará um prejuízo inevitável para aquela que tem uma moeda mais frágil. Também é necessário enfatizar, desde logo, que na nossa balança de exportação, nós temos a peça de resistência no setor primário, como por exemplo soja e carne, enquanto a contrapartida americana se configura em produtos industrializados.
Ainda que se estabeleça essa hipotética vantagem aos americanos, certamente nem a eles esta situação interessa. E a explicação decorre do bom senso médio, porque as escolhas no mercado internacional são livres, e se elas ocorreram, elas são decorrentes das melhores opções para quem as fez.
Por outro viés, o eminentemente político, essa contenda de cardeais interessa tão somente a eles, e explico: o Trump se utiliza de uma bandeira simpática a pelo menos 60 milhões de brasileiros, e impõe tarifas exorbitantes, mas ao final de sua carta, deixa absolutamente aberta a negociação. Já para Lulle, está briga praticamente “cai do céu”, porque nesta etapa ele estava no corner neutro, nocauteado pela sua inépcia, e por um governo incompetente e absolutamente deletério, sem iniciativa, e sem nenhum projeto que capitaneasse sua busca inesgotável pela reeleição. De repente, vem o gigante e dá-lhe um peteleco, e ele, ladino, esperto e oportunista como sempre, responde batendo no peito uma coragem que nunca teve, e que é exposta com o risco real de terceiros, a saber o povo e a balança externa do país.
A briga entre os países, certamente, é desastrosa. Por outro lado, a briga entre os presidentes que se comportam como dois moleques é bem típica de ambos: falastrões e irresponsáveis.
OPORTUNISTAS
Existe um outro oportunista que pode parecer, a olhos inexperientes, um homem pouco ladino e inoportuno. Todavia, é um dos mais espertos atores da vida brasileira. Camaleão por excelência, posto que já queimou plantações de maconha e votou pela liberação de porte de 40 gramas anos depois. Acho que qualquer coisa que se escreva ou diga sobre Alexandre de Morais fica bem diminuída sobre a comparação acima escrita; portanto, é bem fácil de compreender que ele embarca nesta crise dos dois presidentes para também beneficiar-se junto ao campo antidemocrático que fielmente o apoia, para colher frutos e mais do que nunca, beneficiar-se dos holofotes como se defensor da democracia fosse, logo ele que diuturnamente espanca sem dó nem piedade a Constituição Brasileira.
O TEMPO PASSA, O TEMPO VOA
Apesar de já ter falado sobre o roubo do INSS, volto ao tema neste dia (10 de julho) para enfatizar que como sempre, quando se trata de exigir da Câmara Federal ou do Senado da República que eles estejam vigilantes na sua função precípua, que é de fiscalizar o Executivo, ainda uma vez eles ficam dolorosamente devendo ao povo brasileiro.
Se você leitor prestar atenção, perceberá que o assunto “roubo dos aposentados” está na prateleira, e passa a ser um assunto de segunda página. Isto é, sem dúvida, uma estratégia antiga do mundo político, e uma maneira de apascentar à fervura. Com efeito, se o leitor prestar bem atenção, o resultado do escândalo, até então, é o seguinte: foram para o cadafalso os dois atores principais de um partido pequeno com efeito mínimo no atual governo, ou seja, cortaram a cabeça do Lupi e de um Zé, que eu nem lembro o nome, e seguraram o rojão naquele guri que preside a Câmara Federal.
Por outro lado, a estratégia tem o efeito colateral na imprensa, porquanto se não acontece nada em termos de uma CPI, não tem novidade sobre o assunto. Ah, an passant, você pode me perguntar “e os pobres dos aposentados que foram roubados nesse esquema mais moderno dos governos de esquerda, ao tempo que mais moderno, mais odioso, o que será deles? ” Bem, essa era uma boa pergunta para ser feita diretamente a quem diz que tem amor pelos pobres, Lulle e sua entourage.
TRABALHO DO SIDÔNIO
A orientação do Sidônio parece que de alguma forma tem trazido resultado prático para que Lulle se afaste do personagem que encarnava até alguns dias atrás, a saber o inesquecível Caco Antibes. Se o leitor observar a última atitude do destrambelhado presidente, lembrará que ele mudou o foco e briga agora com gigante, e parou de fazer chiste com os menos favorecidos. Todavia, Sidônio poderia ajudar a modificar a sua orientação teórica para uma ação, a saber: devolver o dinheiro dos pobres aposentados que foram roubados pelo atual governo.
REGIONAIS
CONSTRUÇÕES: É inequívoco que as construções partidárias começam a ficar cada vez mais claras, e a importância dos atores para 2026 passa a ser muito mais pragmática do que teórica. Neste momento histórico, é inequívoco que o quadro que será o real em 2026 tem um pintor primordial, e qualquer análise que se faça tem que ser amparada pela figura do atual Governador do Paraná, o senhor Carlos Roberto Massa Júnior. E isto decorre do excelente governo que ele vem realizando.
E desde logo lembro que o conceito de excelência não é só um sentimento pessoal meu, mas sem embargo, é o sentimento da população em geral que aproxima o governador do índice de 80% de aceitação. Logicamente, para quem analisa o quadro político há tanto tempo como eu faço, tem o dever moral de levar em consideração este fato.

Com efeito, neste momento, o Governador é virtual e relevante pré-candidato à Presidência da República. Considerando este fato e mais, o que a pesquisa ensinou nesta semana, há que enfatizar que seja qual for o candidato apadrinhado pelo Governador, ele estará em sede de 2º turno, enfrentando, pelo menos até o momento, ao Senador Sérgio Moro.
A pesquisa recente mostrou que o candidato com maior viabilidade para este enfrentamento seria o atual Presidente da Assembleia, Alexandre Curi. É bem verdade que a pesquisa foi abrangente em relação a vários atores, deixando de lado, entretanto, o nome de Paulo Martins, que também pode ser relevante consideradas as últimas informações do mundo político.
CÂMARA MUNICIPAL DE CURITIBA:
Eu não tenho profundidade para falar sobre as 399 Câmaras Municipais do Paraná, todavia, tenho tido uma relação mais próxima dos vereadores desta legislatura em Curitiba. Não é segredo para ninguém que esta é uma legislatura diferente; porquanto nunca dantes tivemos uma representação feminina tão pujante e muito menos tantos edis que vieram direto das redes sociais para a representação parlamentar. Isto exige, sem embargo de quem administra o poder, uma adaptação aos novos tempos – e exige mais que o comandante se torne tão moderno quanto os novos atores.

Faço neste espaço uma reverência ao Presidente da Câmara Municipal, Tico Kuzma, e à mesa do poder municipal. Com efeito, nesses sete meses, eles têm sido resilientes e capazes de enfrentar esta modernidade, o que convenhamos, não é fácil. Auguri, Tico!
ASSEMBLEIA CHEGOU AOS BAIRROS, TUDO VAI MUDAR!
É preciso lembrar que os políticos sempre são motivados pelo que se chama colégio eleitoral; e não é segredo para ninguém que Curitiba contribui com pelo menos um quarto dos eleitores paranaenses. Isto fez com que a Assembleia Legislativa criasse um novo olhar para a região metropolitana, e introduzisse o programa Assembleia nos Bairros.
Você pode me perguntar se isso não seria um “bis in idem”, ou escrevendo de forma mais simples, mais do mesmo. Todavia, eu não entendo assim, porque enxergo política como a ciência de promover o bem-estar do cidadão. Aliás, não existe outra leitura para a atividade de quem é regiamente pago para representar o interesse da cidadania.
Bem assim, Câmara Municipal e Assembleia Legislativa não só podem como devem aliar os seus esforços para bem gerenciar recursos públicos do Estado e do Município, visto que tais recursos são efetivamente originários do trabalho da cidadania. De tal sorte que a Assembleia nos bairros pode ser – e não só pode, deve ser – um plus na melhoria da prestação da atividade política em favor do cidadão.
Há que cumprimentar, pois, a sábia decisão do presidente Alexandre Curi, que desta forma não só aproxima a Assembleia do cidadão curitibano, mas ao mesmo tempo a torna muito mais transparente, porque as promessas feitas nas incursões pelos bairros da capital poderão agora ser cobradas diretamente dos deputados.
ORAÇÃO DE OGIER BUCHI:
Senhor, dai-me paciência. Amém!