Foto: Victor Chagas e Bruno Koressawa / PL
Uma onda de insatisfação tomou conta do Partido Liberal (PL) em Curitiba após a controversa distribuição dos recursos do fundo eleitoral para a campanha de 2024. O principal alvo das críticas é a decisão de alocar R$ 500 mil para Carlise Kwiatkowski, presidente do PL Mulher Paraná, enquanto outros candidatos de destaque, como os vereadores Eder Borges e Rodrigo Reis e o escolhido por Bolsonaro, Dimas Bueno ficaram de fora da divisão.
A escolha de destinar uma quantia expressiva para Carlise, que não possui uma base eleitoral consolidada na capital paranaense, tem gerado um descontentamento crescente entre os membros do partido. Tradicionalmente, a distribuição de verbas partidárias prioriza candidatos já estabelecidos e com mandatos, o que levanta a questão da equidade no processo de alocação.
A situação se agravou com a especulação de que Fernando Giacobo, deputado federal e líder do PL no Paraná, teria favorecido Kwiatkowski devido a suas conexões pessoais. Giacobo, que mantém laços com o ex-governador Beto Richa, é acusado de utilizar sua influência para garantir um montante significativo para uma candidata que, segundo críticos, não possui uma base eleitoral sólida em Curitiba.
A controvérsia desencadeou uma série de acusações internas e pedidos de mudanças na liderança do partido. Alguns candidatos, indignados com a percepção de injustiça na distribuição dos recursos, chegaram a sugerir o afastamento de Giacobo da presidência do PL no Paraná. A crise interna ameaça a unidade do partido, que busca consolidar suas bases e fortalecer sua posição para as próximas eleições.
“É inaceitável que candidatos com histórico de serviço público e uma base eleitoral comprovada fiquem de fora da divisão de verbas enquanto uma candidata com menos expressão recebe uma quantia tão alta”, afirmou um dos candidatos excluídos, que preferiu não se identificar. “Essa situação não só prejudica a confiança interna, mas também compromete nossa estratégia eleitoral em um momento crucial.”
Enquanto o PL tenta encontrar uma solução para a crise, o clima de insatisfação entre os candidatos pode prolongar o conflito e impactar negativamente a coesão interna do partido. A falta de uma distribuição justa dos recursos pode enfraquecer a posição do partido nas eleições, afetando sua capacidade de competir efetivamente nas próximas disputas eleitorais.