Paraná é o primeiro estado a ter porto público com 100% da área regularizada

Foto: Jonathan Campos/AEN

O Paraná alcançou, nesta quarta-feira (30), um marco inédito ao se tornar o primeiro estado brasileiro com 100% da área de seu porto público regularizada. A conquista foi consolidada com a realização de três leilões de áreas no Porto de Paranaguá, promovidos na B3, em São Paulo, com a presença do governador Carlos Massa Ratinho Junior.

Com os contratos firmados, o terminal paranaense deverá receber R$ 2,2 bilhões em investimentos privados ao longo de 35 anos, além de R$ 855 milhões em outorgas. As áreas leiloadas — PAR14, PAR15 e PAR25 — somam 169 mil m² e são voltadas à movimentação de granéis sólidos vegetais como soja, milho e farelo.

Os leilões, do tipo brownfield, foram organizados pela empresa pública Portos do Paraná e atraíram um número recorde de concorrentes para este setor na Bolsa. A PAR14 foi arrematada pelo BTG Pactual Commodities; a PAR15 ficou com a Cargill Brasil Participações; e a PAR25, com o Consórcio ALDC.

O governador destacou que os novos contratos fazem parte da estratégia de consolidar o Paraná como principal hub logístico da América do Sul. “Estamos promovendo a transformação de um porto que já foi símbolo de ineficiência em uma referência nacional de gestão e inovação”, afirmou Ratinho Junior.

Atualmente, o Porto de Paranaguá é o segundo maior do Brasil em movimentação de cargas e bateu recorde em 2024 com 66,7 milhões de toneladas – 23% a mais que no ano anterior e acima da meta federal prevista apenas para 2030.

Além dos aportes privados, o governo estadual também anunciou um investimento público inédito de R$ 1 bilhão na construção de um píer em formato de T, que ampliará a capacidade de atracação em quatro novos berços. Outro projeto em andamento é o Moegão Ferroviário, maior obra portuária em execução no país, orçada em R$ 600 milhões.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, elogiou a parceria com o governo paranaense e ressaltou que os investimentos fortalecerão a infraestrutura portuária descentralizada e o escoamento da produção agrícola nacional.

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