O TEMPO DOS SÓRDIDOS

Certamente adjetivar um personagem já é um ato de certa ousadia, porquanto imprecisão não raro gera revolta e com ela, consequências que passam por retaliações.

Destarte, adjetivar um tempo histórico pode ser um erro, senão uma heresia. Todavia, não posso me eximir de analisar o tempo atual, e sobretudo pontuar meu sentimento em relação a ele!

Quando eximiram do cumprimento de sua pena o ex e atual Presidente, imaginei que tempo nebuloso seria a sequência a ser vivida pela minha Pátria. Não tive a competência e nem a lucidez de prever o que naqueles dias já era previsível, na realidade uma evidencia.

Não antevi, confesso!

Soe ocorrer que os homens têm a exata dimensão de sua pequenez ou falta de grandeza, como queira escolher o leitor. E Lulle não desapontou quem apostava nele como um vendaval de mentiras e uma torrente de ódio e incompetência!

Ocorre que após uma eleição eivada de notas dissonantes, especialmente em relação a parcialidade da Corte Eleitoral, ungido o egresso do sistema prisional, tratou desde logo de montar um ministério nunca até então visto, seja pelo número absoluto de ministros seja pela surpreendente falta de qualificação majoritária.

Pois montado o grupo, a consequência não fez tardar e nesta etapa vivemos um tempo de sordidez inequívoca aliada à incompetência porquanto o primeiro adjetiva em relação a moral e o segundo adjetiva a qualificação. Figuras como a Senhora Franco, que como qualificação tinha a história da irmã cruel e covardemente assassinada, uma vez descoberto assassino e mandante, perdeu utilidade ideológica e sobrou desnuda a inepta hoje abandonada, porque sem serventia!

Ao tratá-la como exemplo de sordidez, não o faço por falta de empatia, e ou solidariedade, mas apenas reporto a realidade do mais sórdido o mendaz número 1, a saber Lulle!

A SORDIDEZ PARTIDÁRIA

Neste âmbito separo as situações em pelo menos duas primaciais: a primeira a desonestidade de líderes partidários e a segunda não menos grave a utilização da sigla para massa de manobra de siglas maiores! Em relação a primeira as evidencias são de grande monta e mostram apenas que a “solução” financiamento público não foi efetiva e só criou oportunidade para ladravazes se perfazerem ainda uma vez mais do dinheiro do cidadão, seja por lavarem dinheiro seja por canalizarem o recurso para seus escolhidos a dedo. Lembro que por oportuno que a própria Justiça Eleitoral afirma que não dispõe de meios adequados para uma efetiva fiscalização. Quanto a servir para siglas maiores é de conhecimento público o lançamento de candidatos para compor o quadro, neste aspecto, entretanto devo ressalvar uma circunstância positiva, porquanto o pouco que se consegue ter de efetiva transparência vem de siglas menores, como aconteceu no pleito curitibano como furacão Cristina do pequeno partido da Mulher!

A SORDIDEZ COM OS APOSENTADOS

Existe uma grande questão, que é estabelecer quando os descontos não autorizados começaram a acontecer em detrimento do interesse daqueles que, em sua maioria já recebem uma retribuição pelo tanto que trabalharam, incondizente com o seu direito à mínima dignidade. Portanto, reconhecer que existe uma organização (ou várias), criminosas, que ao longo do tempo vêm habitualmente assaltando esta imensa parcela da população, é assustador.

Se existe – e de fato existe – a corrupção por parte de um ou mais governos, ao mesmo tempo existe a corrupção de organizações sociais, e agora se afirma que até mesmo de bancos. E quando escrevo até mesmo de bancos, E quando escrevo até mesmo de bancos, lembro que se eles são capazes de enganar até mesmo a Convenção de Genebra, imaginem governos ladravazes como o atual.

De qualquer sorte, me incomoda saber que uma das poucas instituições respeitadas no país, a saber, Banco Central, também engole está patifaria.

A verdade incontestável é que estamos frente ao terceiro super escândalo de nossa história. Desta feita, complementando o quadro que permite a Lulle pedir música na sua amicíssima Rede Globo.

Faço um parêntese no comentário para enfatizar a necessidade de punir, com absoluto rigor, os envolvidos – pertençam eles a que governo tenham pertencido –, frisando que não importa se o Presidente foi A ou B: o que importa de fato é punir os culpados e encontrar um meio legal de devolver a cada cidadão o dinheiro que lhe foi roubado. Todavia, para efeitos de reconstrução moral deste país, é preciso enfatizar que temos uma nova chance; e que definitivamente a cidadania tem que ficar ativa e vigilante, para que os mesmos marginais (pertençam eles a que Poder pertencerem) não inocentem os criminosos, e muito menos destruam as provas de mais esse crime contra a Pátria.

ELEIÇÃO PRESIDENCIAL

A cada dia que passa se sedimenta mais a divisão, e com ela a polarização que inequivocamente é nefasta para a sociedade brasileira; e enfatizo que é nefasta, sim. Reitero que na polarização o meu candidato, por coerência, sempre seria Jair Bolsonaro, como já foi em 18 e 22. Todavia, é preciso lembrar que a polarização tem trazido efeitos extraordinariamente nefastos para esta etapa da história pátria.

Destaco que o efeito da polarização tem nos afastado das reais discussões que um Estado Nacional tem que travar, e se concentram nesta disputa entre Lulle e Bolsonaro. O próprio Bolsonaro, na quarta-feira (14), declarou que em caso de sua impossibilidade de participar da corrida, desde logo indica a sua esposa ou seu filho. Lulle, por seu turno, é definitivamente candidato à reeleição.

Respeitando o direito de ambos, e lembrando que Bolsonaro por onde passa congrega multidões, enfatizo a importância de aprofundarmos a discussão em termos de alternativas. E estas alternativas, evidentemente, serão em relação à oposição a Lulle. Ora, são pelo menos quatro governadores de Estado que oferecem seus nomes a julgamento do povo brasileiro, pelo menos, em termos de pré-candidatura. E, pelo menos um deles, Caiado, já é pré-candidato oficialmente. A este grupo, adicionou-se o nome de Leite, que se filiou ao partido viável, considerando seu tamanho e consistência.

Entendo pelas mensagens de Jair Bolsonaro que no caso de estar impossibilitado e, de não vingar nenhum nome familiar, a sua opção in pecturis é Tarcísio.  Para este escriba, há que observar que neste grupo pode ocorrer uma chance histórica para o Paraná.

Qualquer observador da cena paranaense, nesse último tempo, haverá de concordar que o Governador Ratinho Jr. se qualificou por palavras e obras para o escrutínio. Imagino que qualquer paranaense que, como eu, gosta de política e tem amor pelo Estado, tem o desejo histórico de finalmente apoiar um paranaense candidato ao cargo majoritário da nação.

Dentre todos os que já puseram seu nome à disposição, lembrando Afonso Camargo e Álvaro, entendo que Jr. é o que tem o maior desafio, associado à maior oportunidade real de competir pela indicação.

Além de seu excelente trabalho conduzindo o Paraná nos últimos anos, tem a si associado o nome paterno, que lhe garante desde logo uma penetração que nenhum dos outros competidores tem no Brasil de norte a sul, mas com especial ênfase no Nordeste.

Aqui, quero fazer uma observação sobre uma necessária composição de forças para enfrentar Lulle e seu conciálubo com o Supremo Tribunal Federal. Não há como abrir mão da adesão de Zema e Tarcísio para que efetivamente o candidato torne-se viável. Sem desconhecer a relevância de Leite e Caiado, cito os dois anteriores com fundamento nos seus colégios eleitorais estaduais.

Enfatizo, nesta etapa, que me incomoda muito o fato de que os possíveis adversários de Lulle estejam até agora dispersos. É urgente que se decida, pelo menos entre os governadores, o caminho a ser seguido e o nome a ser apoiado. Entendo que estabelecido esse nome, se Bolsonaro, num milagre jurídico, viabilizar-se candidato, não haverá problema para que este componha na condição de candidato a vice.

O que torço e muito para que aconteça é que isto seja decidido com imensa brevidade, porque como o tempo é o senhor da razão, quando ele é perdido, ele é irrecuperável.

REGIONAIS

A NOVELA DO CENTRO CÍVICO:

Muita gente sempre duvidou da utilidade da TV Assembleia. Discordo plenamente dos incrédulos, e provo minha tese. As sessões televisadas da Comissão de Constituição e Justiça na semana que ora se finda, bateram o ibope da Rede Globo, com larga vantagem.

A briga entre o vetusto deputado e a juvenil deputada tem oferecido capítulos que vão da hilariedade ao drama. Em alguns momentos, a discussão passa pelo guarda-roupa dos atores; em outros, pelo curriculum vitae e por quem é Réu e quem não é em ações judiciais.

Evidentemente, os atores coadjuvantes têm sede de participar dos capítulos, haja vista a enorme audiência que provocam na “TV Assembreia”.

O dublê de Tony Tornado não perde chance de reclamar dos “frascos e comprimidos”. O Sinhozinho Malta, que é emprestado da outra novela, verbera aos quatro ventos contra um e todos, e reclama que ninguém lhe dá simpatia. O Xerifão quer porque quer que um papel principal lhe seja destinado, especialmente porque imagina um capítulo especial entre ele e Tony Tornado, no pôr do sol da BR-3.

O Presidente da CCJ, que quer porque quer ser parecido com Afonso Roitmann, tudo o que deseja é que a novela acabe, e que finalmente ele tenha paz e consiga levar a termo as sessões. Cenas dos próximos capítulos serão escritas sob supervisão do Getulinho que está irritado com o script!

ORAÇÃO DE OGIER BUCHI: 

Oro esta semana em favor da FAMÍLIA PREISNER DE CASCAVEL, pelo passamento da sua matriarca D. Aurora. Amém.

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