Justiça Eleitoral impugna candidatura de Marcelo Rangel em Ponta Grossa

A candidatura de Marcelo Rangel (PSD) à prefeitura de Ponta Grossa sofreu um revés significativo após decisão da Justiça Eleitoral, que acatou o pedido do Ministério Público Eleitoral do Paraná (MPE-PR) e indeferiu o registro de candidatura do ex-prefeito. A decisão foi proferida pelo juiz Antônio Acir Hrycyna, da 139ª Zona Eleitoral de Ponta Grossa.

O MPE-PR alegou que Rangel teve contas reprovadas referentes ao período em que foi prefeito da cidade, especificamente entre maio de 2014 e abril de 2015. A principal acusação é a de que R$ 450 mil foram repassados ao Instituto Duque de Caxias, responsável pela Guarda Mirim, dos quais pouco mais de R$ 24,8 mil não foram devolvidos aos cofres públicos. Esta irregularidade foi classificada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) como improbidade administrativa.

Além das questões relacionadas às contas, Marcelo Rangel enfrenta outras ações eleitorais. Recentemente, foi condenado por propaganda eleitoral antecipada, resultando em uma multa de R$ 40 mil imposta pelo Tribunal Eleitoral do Paraná (TRE-PR). A emissora de rádio de sua família também foi penalizada pelo mesmo motivo, somando um total de oito condenações.

A possível saída de Rangel da corrida eleitoral pode ter implicações profundas para o cenário político de Ponta Grossa. Caso a decisão seja confirmada nas instâncias superiores, como o TRE-PR e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), será um golpe não apenas para as ambições de Rangel, mas também para os planos de Ratinho Junior, que vê a eleição em Ponta Grossa como crucial para suas estratégias políticas futuras.

A prefeita Elizabeth Schmidt (União Brasil), ex-aliada dos irmãos Rangel e de Ratinho, pode se beneficiar desta reviravolta política. Com a possível necessidade de uma rápida reconfiguração do grupo político, uma reaproximação com o governo estadual não está descartada.

Em resposta à decisão, a defesa de Marcelo Rangel, liderada pelo advogado Gustavo Guedes, expressou confiança na reversão da decisão. “Estamos 100% seguros de que a decisão será reformada. A exclusão da competência da Câmara de Vereadores desrespeitou o STF, TSE e TRE-PR. Acreditamos que a celeridade na tramitação reduzirá os danos ao candidato, cujo registro consideramos injustamente indeferido”, afirmou Guedes.

O desenrolar deste caso promete moldar significativamente o cenário político local e poderá ter repercussões maiores no cenário estadual. A expectativa é que a decisão sobre a candidatura de Rangel seja decidida em breve pelas instâncias superiores.

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