Foto: TRE-PR
Nesta quinta-feira (10/10), o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR), desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, e o vice-presidente e corregedor, desembargador Luiz Osório Moraes Panza, reuniram-se com a candidata Cristina Graeml (PMB) e o candidato Eduardo Pimentel (PSD), que disputam a Prefeitura de Curitiba, para assinatura do “Pacto Eleições 2024 no Caminho da Paz – Segundo Turno”.
O pacto proposto pelo TRE-PR tem como objetivo garantir um processo eleitoral livre de desinformação, violência e discursos de ódio. Segundo o Tribunal, a iniciativa visa “fortalecer o Estado Democrático de Direito e o exercício consciente do voto”, criando um ambiente seguro e de respeito para os eleitores, tanto no debate público quanto nas redes sociais.
Com a eleição municipal se aproximando de seu momento decisivo no segundo turno, a cidade de Curitiba tem acompanhado uma disputa acirrada entre os dois candidatos. Diante de um cenário político polarizado, o TRE-PR tomou a iniciativa de propor o pacto como uma forma de proteger o processo democrático e evitar a ruptura que possa comprometer a segurança do pleito.
Durante o encontro, realizado no edifício-sede do Tribunal, o desembargador Sigurd Roberto Bengtsson ressaltou que o “Pacto Eleições 2024 no Caminho da Paz” representa um compromisso com o eleitorado paranaense. “Nós esperamos que os candidatos das três cidades (Curitiba, Londrina e Ponta Grossa) realmente venham cumprir esse Pacto, que é um projeto da sociedade civil que já conta com mais de 350 entidades signatárias”, declarou.
Eduardo Pimentel, que já atuou como vice-prefeito na gestão de Rafael Greca, e Cristina Graeml, jornalista e candidata pela primeira vez, comprometem-se a seguir as diretrizes no pacto. Ambos enfatizaram a importância de um debate eleitoral centrado em propostas e soluções para os desafios de Curitiba.
“A política precisa ser um espaço de construção, e não de ataques. Estamos aqui para discutir o que é melhor para Curitiba, e esse pacto reforçar o nosso compromisso com um processo eleitoral justo e limpo”, afirmou Pimentel.
Cristina Graeml, por sua vez, ressaltou que a cultura da paz deve ser base de qualquer disputa democrática. “Nosso papel, como candidatos, é promover o respeito e o diálogo. As eleições não devem ser um palco para a violência ou a disseminação de mentiras. Temos que promover a transparência e o respeito entre os candidatos”.
Com o crescimento do uso das redes sociais durante as campanhas eleitorais, o pacto também foca no combate à desinformação. A disseminação de notícias falsas tem sido uma preocupação crescente em processos eleitorais no Brasil, e a assinatura desse compromisso reforça o papel dos candidatos e das autoridades eleitorais em garantir um ambiente virtual mais seguro
O TRE-PR afirmou que, além do pacto, continuará monitorando de perto as plataformas digitais para identificar qualquer tentativa de manipulação do eleitorado por meio de notícias falsas. “A desinformação é uma ameaça real à integridade das eleições. Este pacto é um passo essencial para evitar que esse tipo de prática ganhe espaço no segundo turno”, declarou Sigurd Roberto Bengtsson
Com o segundo turno previsto para o dia 27/10, o pacto surge como um símbolo de que a disputa política em Curitiba será pautada pelo respeito às diferenças e pela busca de soluções de conflitos. O desembargador Bengtsson concluiu a conferência com um apelo à população: “O voto é a expressão máxima da soberania popular. Que todos exerçam esse direito de maneira livre e em um ambiente de respeito e paz.”