COLUNA OGIER BUCHI: LULLE XIV

Como se sabe, Lulle da Silva em cerimônia às margens do Rio São Francisco declarou que foi escolhido por Deus e fê-lo com o testemunho de uma nação inteira. Enfatizo o testemunho porque bobagem desta monta cria uma possível dúvida quanto à sua veracidade.

Não há embargo em afirmar que a sandice tomou conta do político. Ora, compará-lo a Luiz XIV não será exagero, porque a semelhança da megalomania é evidenciada. Todavia, o Rei-Sol assim se comportava quando tinha 58 anos, enquanto que o vetusto presidente já beira 80.

Como não tem criatividade e nem cultura, não pretende construir Versailles, mas não podemos nos esquecer do seu Palácio de Petróleo Abreu e Lima. O fato incontestável é que o Brasil virou refém dos rentistas que, na Faria Lima sempre apoiaram Lulle XIV, e a riqueza da 10ª economia do mundo está sendo drenada para os interesses dos bancos e do funcionalismo oficial, incluindo-se neste, naturalmente, o Executivo, o Judiciário e o Legislativo, todos poderes complacentes com a inépcia de Lulle XIV, que se assemelha ao rei francês, pelo menos em relação à incúria com o dinheiro público.

Existem outras harmonias entre as duas figuras, todavia, o bom senso me faz olvidar Madame Du Barry.

E O LEGISLATIVO?

Num tempo de Lulle XIV, é lícito imaginar que a esperança do povo seja depositada no Poder Legislativo. Todavia, por razões que honestamente eu desconheço, o Legislativo brasileiro sofreu notável e insuperável desvio de conduta nestes últimos dois anos e meio; e nos deparamos com a Câmara Federal e o Senado da República comandados por homens tíbios e flébeis – mas, muito mais do que isto, comprometidos com o estado endemicamente invadido pela corrupção.

É um fato já enfatizado anteriormente que é um dreno na produção de riqueza, que é a contraprestação ao sistema bancário. Mas o outro fato que não pode absolutamente ser ignorado é que as compensações que o Legislativo buscou para impor a sua vontade, as tais chamadas emendas parlamentares, sejam impositivas ou as PIX, permitem aos nababos que permaneçam nesta condição porquanto impõem compromissos aos municípios e, por consequência, fidelizam votos.

Ora, a visão romântica de que Federais e Senadores imporiam suas lideranças cumprindo determinação constitucional, a saber, controlando e legislando, perdeu sua substância, na medida em que os parlamentares viraram repassadores de verbas federais, não raras vezes a fundo perdido. Portanto, a finalidade de fiscalizar o Executivo perdeu relevância, até porque a pergunta que resta é “quem fiscaliza os deputados federais? ”.

O que se extrai do que aqui escrevo, é que o não menos famoso “jeitinho brasileiro” se impôs, e sob o manto da tão incensada Democracia, instalou-se uma forma de corrupção da divisão tripartite de poder, em à qual todos estão acumpliciados.

Ao fim e ao cabo, remanesce a pergunta: o que será o amanhã? E eu confesso que preferia quando Simone, a admiradíssima cantora, era quem fazia a pergunta. Enfim, como será o amanhã, o meu destino será como Deus quiser.

Também nos sobra a opção de cantar com Zeca, o Pagodinho: brasileiro, deixa a vida me levar…

O PORVIR DE LULLE XIV

Não é segredo para ninguém que os passos do PT são sempre idealizados e projetados pelo seu ideólogo José Dirceu, e nesta semana, em longa entrevista, ele deixou claro que o candidato da esquerda brasileira, para 2026 é o de sempre: que, afinal de contas, ele considera o único viável, a saber, Lulle XIV.

Não economizou para deixar claro, nas suas reflexões, que existe um óbice à consecução do seu plano, e que este óbice se chama rede social. Bem, o restante da sua estratégia é a simplória militância e o envolvimento de movimentos por eles comandados, como por exemplo, o Movimento dos Sem Terra.

Entende o ideólogo que sem o comando das redes sociais, poderá ocorrer turbulência e o seu plano de manutenção de poder ser obstado. Ora, a grande batalha que é travada pelo Tribunal Amigo e cúmplice, a saber, o Supremo Tribunal, na figura do Torquemada de Morais, é exatamente buscar um meio de controlar em definitivo o povo brasileiro.

E a falta de sucesso que, mesmo o ideólogo reconhece, se deve, inequivocamente, a um fenômeno não dominado pelo vetusto PT, e que aliás, não foi dominado ainda por nenhum regime de força. Mesmo nos países tão admirados pela esquerda, como por exemplo a China, existem formas de driblar a censura oficial.

Parece evidente que estamos frente ao momento decisivo para a nossa pátria, porquanto a queda de braço entre os censores oficiais e a liberdade de pensamento é a linha divisória entre a oficialização da ditadura e o que nos resta de liberdade.

A reflexão é amedrontadora: ou o Brasil acorda, ou José Dirceu acaba impondo o seu modus operandi, e aí podemos trocar a identificação de nossa pátria por Venezuela do Sul.

JOSÉ DIRCEU, O PUTIN TUPINIQUIM

Esses dois líderes de ditaduras têm muita verossimilhança, porquanto são hedonistas, disciplinados, extremamente objetivos, e letais no que se pode comparar em relação aos seus inimigos. Toda vez que alguém menospreza o mal que José Dirceu representa, este alguém me deixa profundamente irritado, porquanto no meu modesto entendimento, Lulle XIV não seria viável e não estaria aí a prejudicar o Brasil, se não fosse a competência do seu ideólogo.

REGIONAIS

ASSEMBLEIA NA REGIÃO METROPOLITANA: Sempre gostei da ideia da Assembleia Legislativa se aproximar do povo e estar, de certa forma, ao nível dele. O fato de, pela primeira vez, realizar esse tipo de reunião no maior colégio eleitoral do Estado merece da mesma forma, elogios. Com efeito, em especial os deputados que têm base eleitoral em Curitiba e região metropolitana, são beneficiários desta postura, porquanto ela os aproxima efetivamente da população.

O simples fato de o prédio físico do Legislativo paranaense estar em Curitiba não é certeza – aliás, está muito longe disso – de que o eleitor esteja próximo do deputado. Todavia, quando as reuniões ocorrem fora do centro do poder, fora do Centro Cívico, o cidadão tem facilidade de se comunicar com seu representante.

Tenho certeza de que este tipo de conduta vai ser extremamente positivo, como aliás já é, no que se refere às interiorizações.

DARCI PIANA: Quem atuou de forma positiva no evento “Assembleia nos Bairros”, realizada no Boqueirão, foi o vice-governador Darci Piana, porque esteve no evento, com sua assessoria e competente e sensível às demandas, como de fato é, certamente contabilizou apoios para uma candidatura a permanecer no Iguaçu.Com efeito, com a caminhada maior que pretende encetar Ratinho Jr., a cadeira nº 1 do Paraná será assumida por Darci. Todavia, essa assunção não o impede de concorrer em 2026.

A grande verdade é que Darci Piana é um líder inconteste, e as atividades do G7 corroboram o que escrevo. Na medida em que se aproxima do povo, Darci, que realmente é do povo, tanto é assim que já foi presidente do Paraná Clube, que é a voz do povo em essência, pavimenta uma nova caminhada. Se ela será ou não bem-sucedida, isto depende da vontade do povo. Todavia, Darci – assim como os paranistas – tem garra, fé e força.

O EFEITO: O efeito do evento Assembleia nos Bairros se subsume dos dois comentários que fiz acima. Crescem incomensuravelmente nos bastidores do PSD os nomes que supra citei, porque a estratégia é adequada. Muitos dos que duvidam da densidade eleitoral de Alexandre Cury fazem-no porque imaginam que seu trabalho que é intenso, sempre foi mais significativo, pelo menos, em termos de votos, nos inúmeros municípios do interior que têm o seu chamado “mando eleitoral”.

Me parece inteligente a estratégia clarificada de aproximar a Assembleia do eleitorado metropolitano, eleitorado esse de enorme consistência em pleitos paranaenses.

Por outro lado, não há como olvidar a força eleitoral neste mesmo eleitorado de Rafael Greca de Macedo. Este, por seu turno, não faz nenhum tipo de tergiversação, e para aqueles que duvidam de sua capacidade de competir, manda desde logo um vídeo na academia.

 GRECA MALHANDO.

Posso estar errado, mas conheço Rafael há pelo menos 45 anos, e é a primeira vez que me deparo com uma foto dele em sede de academia. Nas academias culturais, já o vi mais de vez, nas de cultura física, é a primeira – o que desde logo demonstra que ele estará lépido e fagueiro em 2026.

No campo dos candidatos do governo, resta analisar o senhor Guto Silva, que tem a seu favor toda a estrutura da Secretaria das Cidades, e diferente dos outros, tem a vantagem de não precisar ir aos prefeitos, posto que, neste caso, os prefeitos vêm a ele.

 E O VICE-GOVERNADOR? 

Tenho feito análises mais amiúde dos possíveis candidatos ao governo, e não tenho me detido nos nomes que possam eventualmente figurar na condição de candidatos a vice-governador. Me permito, nesta etapa, elucubrar. Vejamos.                                                                                 

Começo pela candidatura do PT, que me parece já ter consolidado o nome de Ênio Verri, mas que, imagino, trará no conjunto de seus candidatos apoios de outros partidos. Imagino alguém do PSOL ou do sempre lembrado PV. Se a ideia for consolidada em termos de PV, um nome a ser considerado é o do deputado federal Aliel. Outro nome assaz lembrando, e aí seria em sede de chapa pura, é o do literalmente grande, Dr. Antenor de Guarapuava.                                                                                                                                                                                               

O PDT consolidou, em face da recente pesquisa, o nome do deputado Requião Filho – e ainda não perguntei a ele quem poderia ser um vice ou uma vice. No caso do ungido do time Ratinho Jr., ouso afirmar que tenho como certo que o vice sairá das fileiras do MDB.

Quanto ao líder da pesquisa, que é o Sr. Sérgio Moro, a configuração partidária permite pressupor que a indicação – e neste caso, também ouso afirmar, a indicação da vice – será do Progressistas, e esta vice tenho cá para mim que tem nome, e chama-se Maria Victória.

Quero esclarecer que esta análise é feita com respeito às circunstâncias atuais, mas é sempre pertinente lembrar que as transferências partidárias podem ocorrer até seis meses antes do pleito, ou como nos casos que agridem o bom senso e a justiça, até mesmo como se verifica nos dias atuais, depois de uma diplomação de um prefeito.

ORAÇÃO DE OGIER BUCHI: E o Coritiba, depois de 22 anos, ganhou do Criciúma. E há quem duvide da força de oração…. Convenhamos, esse time só está ganhando na base da reza! Amém!

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