Debate morno na Ric Tv frustra expectativas dos eleitores curitibanos

Foto: Igor Corrêa/RICtv

No último sábado (28/), o debate promovido pela RIC/Jovem Pan News reuniu seis dos dez candidatos à prefeitura de Curitiba, mas deixou muitos eleitores decepcionados. Com um formato que privilegiou as perguntas dos jornalistas e limitou o embate direto entre os concorrentes, o evento foi marcado por um tom morno e pouco incisivo.

As expectativas eram altas, especialmente em relação a três candidatos: Eduardo Pimentel (PSD), que lidera as pesquisas; Luciano Ducci (PSB), em segundo; e Ney Leprevost (União), em terceiro. Cada um deles tinha uma estratégia definida para o debate. Pimentel se preparou para responder críticas à gestão do prefeito Rafael Greca, tentando reforçar que Curitiba está em um caminho positivo e que a continuidade de sua administração é essencial.

Ducci, por sua vez, visava evitar ser visto como um alvo, com a estratégia de não se deixar desgastar pelas provocações, enquanto Leprevost buscava capitalizar sobre os indecisos, mirando tanto em Pimentel quanto em Ducci para desgastá-los.

Os temas debatidos foram os mesmos que dominam a campanha: saúde, segurança, transporte público e infraestrutura. As críticas à gestão de Greca foram recorrentes, com candidatos como Luizão Goulart e Ney Leprevost destacando a fila de 200 mil pessoas à espera de exames e a falta de vagas em creches.

Leprevost, particularmente, acusou Pimentel de ser o “candidato da velha política” e da “indústria da multa dos radares”. Em contrapartida, Pimentel se manteve calmo e focado em apresentar suas propostas, evitando entrar em confrontos diretos.

O Debate dos Excluídos

Enquanto isso, um grupo de candidatos que não foram convidados para o debate na RIC, como Roberto Requião e Cristina Graeml, organizou um “debate dos excluídos” nas redes sociais. Apesar da relevância dos temas abordados, a audiência foi aquém do esperado, refletindo o desinteresse do eleitorado por essa alternativa.

O debate evidenciou um cenário em que as críticas e os embates pessoais ficaram em segundo plano. O clima morno do evento pode ter contribuído para que muitos eleitores se sentissem desmotivados, enquanto os candidatos tentavam se distanciar de conflitos diretos.

Com a data da eleição se aproximando, a próxima etapa da campanha promete ser crucial. A capacidade dos candidatos de se destacarem em meio ao cenário atual e de atrair os indecisos poderá determinar o futuro da política curitibana.

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