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A executiva nacional do PSD está em alerta com uma crescente mobilização nas redes sociais que visa desestimular o voto em seus candidatos nas eleições municipais de 2024. A campanha, encabeçada por bolsonaristas e militantes de direita, surge em resposta à aliança do partido com o governo do presidente Lula, que inclui a ocupação de três ministérios: Agricultura, Pesca e Minas e Energia.
O deputado federal Nikolas Ferreira, que possui mais de 11 milhões de seguidores, lançou um vídeo no último fim de semana, onde pede aos eleitores que evitem candidatos apoiados pelos senadores do PSD. Ele também sugere que aqueles que se sentirem prejudicados pressionem seus senadores a apoiar o impeachment do ministro do STF, Alexandre de Moraes. Essa mobilização pode afetar significativamente as eleições em metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro.
No vídeo, Nikolas critica o presidente do PSD, Gilberto Kassab, afirmando que a direita não votará em Ricardo Nunes, candidato a prefeito em São Paulo, a menos que o partido se posicione de forma clara. “O PSD é o inimigo que estava escondido, até agora”, finaliza ele, destacando a tensão crescente entre os setores da direita.
Entretanto, Nikolas faz exceções para os candidatos do Paraná, mencionando Eduardo Pimentel e Tiago Amaral como representantes da “direita de fato”. Em uma visita recente ao estado, ele gravou um vídeo de apoio a Eduardo e ao vice Paulo Martins, além de participar de um ato de campanha para Tiago Amaral em Londrina.
Essas ações refletem uma estratégia para conter o crescimento da candidata Cristina Graeml, que tem conquistado o eleitorado de direita e se apresenta como a verdadeira representante do segmento, apesar do apoio de Bolsonaro a outros candidatos. O apoio de Nikolas a Eduardo Pimentel parece ser uma tentativa de fortalecer a imagem do PSD no Paraná e mitigar a pressão negativa contra o partido.
Com as eleições se aproximando, os estrategistas da campanha de Eduardo já começaram a sinalizar a possibilidade de um resultado positivo no primeiro turno. No entanto, as pesquisas até o momento indicam que a disputa em Curitiba deverá ser decidida em dois turnos, refletindo um cenário de complexidade e tensão dentro do PSD à medida que se aproxima a data das eleições municipais de 2024.