O ex-juiz titular da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, e atual senador, Sergio Moro (União Brasil-PR) prestou nesta quinta-feira (7/12) depoimento em ação eleitoral que pode levar à cassação de seu mandato.
O depoimento foi marcado em outubro pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná. Na ocasião, o desembargador Dartagnan Serpa Sá, relator do processo, explicou que, embora não exista previsão legal para oitiva pessoal de investigados em sede de ação de investigação judicial eleitoral (Aije), o senador poderia falar se assim desejasse.
Apesar da aparente disposição para responder aos questionamentos da Justiça Eleitoral, Moro decidiu dar respostas apenas às perguntas do juiz que conduziu o depoimento, optando pelo silêncio nas questões formuladas pelos advogados do Partido Liberal (PL) e da Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), que ajuizaram a ação.
O depoimento do senador durou menos de uma hora. “Eu me sinto agredido e não me sinto confortável em participar de um teatro”, afirmou ele ao justificar a opção pelo silêncio nas perguntas dos advogados das legendas.
Em breve pronunciamento à imprensa após o depoimento, Moro alegou que participou de uma eleição muito difícil, mas que foi eleito dentro das regras. Além da federação de esquerda, a eleição de Moro também é questionada pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, que contou com o apoio do senador na eleição de 2022.
Moro é investigado por abuso de poder econômico, abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação em sua campanha para o Senado.
Se de fato Sérgio Mor for cassado, já existem nomes que estão sendo colocados como possíveis candidatos à vaga. Nomes conhecidos da política como Michelle Bolsonaro (PL), Gleisi Hoffmann (PT) e Ricardo Barros (Progressistas), são alguns deles.