Mais de 700 mil pessoas compareceram à Avenida Paulista, em São Paulo, na tarde deste domingo (25/2) na manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Autoridades da direita brasileira, como o governador paulista, Tarcísio de Freitas, o prefeito da cidade, Ricardo Nunes, os governadores Ronaldo Caiado (GO), Jorginho Melo (SC) e Romeu Zema (MG), além de deputados e senadores, também participaram do ato.
Os apoiadores do ex-presidente começaram a aparecer na Avenida Paulista no inicio da manhã vestindo majoritariamente camisas amarelas e da seleção brasileira de futebol. Muitos carregavam também bandeiras de Israel. O volume maior de pessoas ocupou a região do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Bolsonaro chegou por volta das 15h, pendurado na porta de trás de um carro cheio de seguranças.
Em seu discurso Bolsonaro afirmou que nunca participou e nenhuma “Minuta de Golpe” e pediu paz!
“Golpe é tanque na rua, é arma, é conspiração. Nada disso foi feito no Brasil. Por que continuam me acusando de golpe? Porque tem uma minuta de decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição? Deixo claro que estado de sítio começa com presidente convocando conselho da República. Isso foi feito? não”, disse. “É o Parlamento quem decide se o presidente pode ou não editar decreto de estado de sítio. O da defesa é semelhante. Ou seja, agora querem entubar em todos nós um golpe usando dispositivos da Constituição cuja palavra final quem dá é o Parlamento.”
Bolsonaro também fez questão de agradecer os mais de meio milhão de apoiadores que compareceram na Av. Paulista e disse que a “fotografia vai rodar o mundo”.
Estou muito orgulhoso e grato por vocês terem aceito esse convite. Era para termos uma fotografia para o mundo, uma imagem para o Brasil e para o mundo do que é a garra e a determinação do povo brasileiro”, destacou. “Levo pancada desde antes das eleições de 2018. Essa perseguição aumentou a sua força quando deixei a Presidência da República. Saí do Brasil, a perseguição não terminou. É joia, é importunação de baleia, é dinheiro que teria mandado para fora”, concluiu o ex-presidente.
Já pastor Silas Malafaia, que diz ter financiado o evento, elevou o tom contra o TSE contra ministros do STF. Malafaia afirmou ainda que, se Bolsonaro for preso, ele será exaltado.
“Toda essa engenharia do mal, toda essa maldade contra Bolsonaro, covarde, ao arrepio da lei e da Constituição… Presidente, você com Deus é maioria sempre. E eu vou dizer uma palavra que eu disse para você algumas vezes no telefone. Eu não desejo isso pra você, mas vou deixar aqui uma palavra: ‘Se eles te prenderem você vai sair de lá exaltado. Você vai sair de lá exaltado. Se eles te prenderem, não vai ser pra sua destruição, mas para a destruição deles. Você vai sair de lá exaltado”, afirmou.
“O presidente do STF, ministro Barroso, disse: ‘Nós derrotamos o bolsonarismo’. Isso é uma vergonha. É uma afronta ao povo. Quero dizer: ‘sabe quem é o supremo poder dessa nação? O povo’. Todo nós temos que nos submeter ao povo”, disse o pastor.