A greve dos professores da rede estadual de ensino no Paraná mantém-se apesar da decisão do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) que suspendeu o início da paralisação, estipulando uma multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento. A APP-Sindicato, que representa os docentes, declarou que seguirá com a greve, alegando forte adesão de pais e alunos.
Declarações do Governador
O governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), criticou duramente a greve, classificando-a como “política, baseada em fake news e ilegal”. Em coletiva de imprensa, o governador destacou que a adesão ao movimento é “baixíssima”, com 87% das escolas estaduais funcionando normalmente.
“A greve é ilegal e a Justiça já decretou isso! A adesão é baixíssima, e a maioria dos alunos estão tendo aula normalmente, o que demonstra a maturidade dos nossos professores e diretores em entender que os sindicalistas fizeram um monte de fake news sobre o projeto que está sendo votado”, afirmou Ratinho Jr.
Projeto de Lei e Manifestações
O cerne da controvérsia é o projeto de lei que prevê a terceirização da gestão administrativa das escolas estaduais. Segundo o governo, a proposta visa melhorar a eficiência administrativa, mas os professores temem que isso prejudique as condições de trabalho e a qualidade do ensino.
Nesta segunda-feira, milhares de professores, estudantes e outros servidores marcharam em direção à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para acompanhar a votação do projeto. A APP-Sindicato afirmou que há pelo menos 20 mil pessoas participando das manifestações no centro de Curitiba.
Presença de Professores Universitários
O governador Ratinho Jr. também alegou que muitos dos manifestantes são, na verdade, professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e não da rede estadual.
“A manifestação que ocorre na região central da capital paranaense é ‘engrossada’ com a presença de professores da UFPR”, afirmou o governador, citando informações do setor de inteligência da Polícia Militar (PM).