Curitiba é a capital mais igualitária do Brasil, considerando indicadores como educação, renda, pobreza, trabalho e ações climáticas. As informações são do Mapa da Desigualdade entre as Capitais, divulgado pelo Instituto Cidades Sustentáveis na terça-feira (26/3).
“Nos últimos sete anos, temos promovido uma verdadeira revolução na educação, na adoção de ações de mitigação dos efeitos climáticos, nos serviços públicos, na ampliação da rede de proteção social e no apoio ao empreendedorismo. Nosso destaque no mapa do Instituto Cidades Sustentáveis, como a capital mais igualitária do país, só confirma que estamos no caminho certo de tornar Curitiba cada vez mais justa, humana, empreendedora e inteligente”, afirma o prefeito Rafael Greca.
A publicação do Instituto Cidades Sustentáveis reúne 40 indicadores de diferentes bases e levantamentos, como o Censo, as diferentes Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) e o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Snis).
Cidade educadora
Por uma Curitiba cada vez mais educadora, a Prefeitura da capital promove, desde 2017, evolução contínua na rede municipal de ensino.
“Os curitibinhas sabem que frequentam em nossa cidade uma das melhores redes de educação do Brasil”, salienta o prefeito.
Nos últimos sete anos, a oferta da educação integral foi ampliada de 87 para 156 escolas. Até meados de 2024, serão todas as 186 escolas com educação integral.
O município também aumentou a oferta de vagas em creches. Desde 2017, foram colocados em funcionamento 27 novos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e ampliado o número de novos Centros de Educação Infantil (CEIs) contratados – de cerca de 90 para 159.
Os estudantes da rede municipal estão sendo preparados para os empregos do futuro, graças aos 33 Faróis do Saber e Inovação, aos Faróis do Saber e Inovação Móveis, ao Fab Lab Cajuru e às aulas de robótica que fazem parte do currículo.
Proteção social
A Prefeitura de Curitiba também oferece uma Rede de Proteção Social, reconhecida inclusive pelo governo federal, que desenvolve várias ações de forma integrada para beneficiar a população em situação de rua na cidade.
“O trabalho é intenso e vai desde as refeições gratuitas do Mesa Solidária até a oferta de pernoite em unidades de acolhimento ou hotéis sociais, cursos profissionalizantes e encaminhamento para o mercado de trabalho”, enumera Greca.
Mais de 1,3 milhão de refeições já foram distribuídas gratuitamente pelo Mesa Solidária a quem está em situação de risco social e mais de 1 mil pessoas são atendidas diariamente nas casas de passagem, hotéis sociais, unidades de acolhimento (como a pioneira Pousada de Maria), além de três Centros POP, que ofertam atendimento técnico durante o dia.
A Rede de Proteção Social de Curitiba ainda é referência nacional na área de segurança alimentar por suas 152 hortas urbanas, que produzem 1.576 toneladas por ano de alimentos frescos e sem agrotóxicos para 17,9 mil pessoas; os cinco restaurantes populares; os 35 Armazéns da Família; a Fazenda Urbana do Cajuru, referência em educação para a prática da agricultura urbana; os 11 pontos do Sacolão da Família, que oferecem hortifrútis a preço único; e as quatro Escolas de Segurança Alimentar.
Geração de emprego
Curitiba ainda tem o compromisso de apoiar a geração de emprego e renda na cidade, com iniciativas do Vale do Pinhão. São programas como o Empreendedora Curitibana, o 1º Empregotech, o Empregotech 40+, os Worktibas, o Tecnoparque, o Paiol Digital e o Bom Negócio.
“Curitiba estimula o empreendedorismo, a criação de empregos e o crescimento sustentável da economia local. Neste mês, inauguramos o Pinhão Hub, o coração de todo este movimento e novo espaço de inovação e capacitação para o empreendedorismo”, reforça o prefeito.
Como resultado, a capital já garantiu mais de R$ 386 milhões em investimentos para as empresas que aderiram ao Tecnoparque e que inovam e contratam graças ao ISS Tecnológico (redução de 5% para 2% do ISS); e tornou Curitiba uma das capitais mais rápidas para se abrir uma empresa: são apenas 4 horas. Em 2019, eram dois meses.
Sustentabilidade
Além disso, desde 2017, Curitiba vem fortalecendo a construção da sustentabilidade urbana. As premissas da nova Curitiba sustentável proposta pela Prefeitura da capital valorizam e incentivam o uso e a intermodalidade no transporte urbano, a participação ativa do cidadão no seu deslocamento, o uso de energia limpa para veículos coletivos e equipamentos públicos e obras e ações socioambientais que garantam conforto, bem-estar e dignidade para todos.
“São soluções inovadoras, que se espalham por toda Curitiba e buscam recuperar o ambiente urbano, reduzir as emissões de gases e mitigar os efeitos das mudanças climáticas”, observa Greca.
A Prefeitura está tornando realidade o maior projeto socioambiental da história recente de Curitiba. O Bairro Novo da Caximba está em ritmo acelerado de construção e será o primeiro bairro inteligente do Brasil, ao unir moradias dignas, serviços públicos próximos dos moradores e recuperação de área degradada.
As obras das primeiras 752 casas e da infraestrutura de água e esgoto do Bairro Novo da Caximba estão rigorosamente em dia e as primeiras chaves de casas serão entregues aos seus moradores ainda neste semestre. Em seguida, virão o Parque Linear às margens dos rios Barigui e Iguaçu, a pavimentação, a iluminação pública e as áreas de lazer.
O aumento da capacidade e da velocidade da Linha Direta Inter 2 e a adequação e melhoria do itinerário do Ligeirão Leste-Oeste, que integram o Programa de Mobilidade Urbana Sustentável de Curitiba, caminham juntos com o processo de eletrificação da frota de ônibus da capital. Essas duas obras, inclusive, já estão em andamento.
Os primeiros 70 ônibus elétricos de Curitiba começarão a rodar neste primeiro semestre de 2024, em um grande esforço do município que está investindo R$ 317 milhões, com recursos próprios, para a aquisição dos veículos de transporte público com zero emissão de poluentes.
A busca de Curitiba por mitigar os efeitos das mudanças climáticas também passa por inspirar e popularizar o uso da energia limpa na cidade. Para isso, a Prefeitura criou em 2019 o programa Curitiba Mais Energia, que tem como grande símbolo a Pirâmide Solar de Curitiba, instalada na Caximba.
Primeiro parque fotovoltaico em um aterro sanitário desativado da América Latina, a Pirâmide Solar de Curitiba com seus mais de 8 mil painéis fotovoltaicos já produz 30% da energia consumida pelos prédios públicos da Prefeitura.
Os painéis fotovoltaicos do Curitiba Mais Energia também já estão reduzindo o consumo de energia do Palácio 29 de Março (nosso Palácio Solar), do Parque Barigui, da Fazenda Urbana do Cajuru, do Jardim Botânico, do Terminal do Boqueirão e de 101 moradias populares do Cohab Solar.
E o empenho do município por acelerar a passagem de Curitiba para a matriz verde plena não para por aí. A cidade vai chegar em julho à marca das 500 mil árvores plantadas, dentro de um desafio que teve início há cinco anos. Inicialmente, em 2019, era o “Desafio das 100 mil Árvores”, mas a adesão da população tem sido tão extraordinária que, ano a ano, temos renovado e chegaremos a meio milhão de mudas plantadas nos próximos quatro meses.
Hoje, os curitibanos já contam com 50 espaços verdes (mais três serão entregues em 2024) que, somados às praças, jardinetes, eixos de animação e jardins ambientais, chegam a quase 13 milhões de metros quadrados de áreas preservadas.
Tudo isso resulta em mais de 60 metros quadrados de área verde por habitante, quando o mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 12 metros quadrados por habitante.
Sem contar que, do total de 60 Reservas Particulares do Patrimônio Natural do Município (RPPNMs) existentes hoje em Curitiba, 43 RPPNMs foram criadas com o apoio do município, desde 2017, totalizando 632,5 mil metros quadrados em áreas preservadas.
Nos próximos anos, Curitiba ainda ganhará a Reserva Hídrica do Futuro. A Prefeitura já assinou a Ordem de Serviço para as obras iniciais que irão transformar 300 mil m² de área de antigas cavas do Rio Iguaçu, no Umbará, em um parque com lagos de acumulação para futura captação de água, acabando assim com a possibilidade de desabastecimento em caso de estiagem prolongada.
Ranking classifica capitais mais igualitárias do Brasil*
- Curitiba – 677
- Florianópolis – 672
- Belo Horizonte – 615
- Palmas – 607
- São Paulo- 594
- Vitória – 590
- Cuiabá – 583
- Porto Alegre – 580
- Goiânia – 578
- Campo Grande – 549
- Rio De Janeiro – 548
- Natal – 516
- Boa Vista – 498
- Teresina – 473
- Aracaju – 468
- João Pessoa – 463
- Salvador – 438
- Macapá – 435
- São Luís – 435
- Fortaleza – 431
- Maceió – 428
- Rio Branco – 424
- Manaus – 417
- Belém – 393
- Recife – 392
- Porto Velho – 373
*Pontos por capital, excluindo Brasília. Cada capital é classificada de 1 a 26 em cada um dos 40 indicadores usados
Fonte: Instituto Cidades Sustentáveis