Finalmente a Câmara dos Deputados tem um ato compatível com o seu tamanho e sua relevância para a Democracia, e 315 deputados federais disseram sim aos seus próprios mandatos, e à sua dignidade pessoal.
Explico: com a votação desta quarta-feira (07), a Câmara Federal busca reconduzir o país à normalidade democrática e, sobretudo, busca impedir o consórcio formado pelo Supremo Tribunal Federal e pela Presidência da República de continuar a governar o país em processo ditatorial que indubitavelmente confronta a sagrada Constituição Brasileira.
Quando os senhores legisladores resolvem finalmente honrar a obrigação dos seus mandatos, nos fazem vislumbrar uma luz que pode tornar o seu lume mais ou menos intenso, na medida em que os senhores Deputados sejam menos seduzidos pelas emendas, e mais comprometidos com a grandeza dos seus mandatos e, por conseguinte, com a imensidão do seu compromisso com cada um dos brasileiros que, mercê de seu voto, lhes deu um emprego de tamanha responsabilidade e envergadura.
A mim, parece de clareza hialina que o Supremo não vai aceitar a retomada da Democracia e de sua óbvia divisão tripartite de poder sem conflagração. Afinal, figuras como Gilmar, Alexandre e Barroso, em especial, não desejam que o país volte a funcionar como uma democracia plena, por todas as razões que inúmeras vezes já foram destacadas por todos os meios de comunicação deste país.
Claro, atos menores – mas não menos danosos – como o de Fachin, impedindo a polícia de trabalhar, como no caso do Rio de Janeiro; e de Tony Toffoli, desconstruindo provas, e buscando apagar da história atos de criminosos condenados por mais de uma instância no efetivo e real Poder Judiciário, não podem ser simplesmente olvidados. Todavia, a luz havida do Legislativo nesta quarta-feira, é sem dúvida um Farol de Alexandria, para a triste e nebulosa história recente de nossa amada Pátria.
PEDALANDO, PEDALANDO SEM PARAR

Este foi um mote publicitário de uma marca de bicicletas que marcou época na minha juventude. O jingle era sensacional, e era cantado repetitivamente por um e todos.
Ora, me lembro do mote publicitário para repeti-lo em relação ao inepto Presidente da República e sua consorte. Só que, por óbvio, ao invés de declinar o verbo “pedalar”, ele declina o “viajar”. Por óbvio, ele não conseguiria com o veículo de 2 rodas, deslocar-se por mais de 105 dias do seu atual mandato e, queimar como queima tanto dinheiro do povo brasileiro. Se o convite fosse para pedalar, não seria acompanhado – como comumente é – pela sua imensa corte de bajuladores descomprometidos com a moral e com os rumos de nossa pátria.
Em relação ao descalabro que representa o comportamento da esposa de Lulle, há quem faça comparações com Maria Antonieta e seus inomináveis brioches. Pois muito bem. Não há o que, nem muito menos como comparar, posto que enquanto uma, austríaca que era, não entendia o que se passava com o seu Rei e suas Luzes; a outra, dotada de insensibilidade e de um deslumbramento assaz ridículo, só faz piorar o julgamento que se faz, não só sobre ela, mas sobretudo do ancião doente e dependente que ela comanda e conduz.
A manipulação do velho homem público fez com que ele tivesse que se valer de pequenas folgas, com viagens antecipadas da senhora, para poder ter um pouco de liberdade e paz neste que, eu espero pelo bem do Brasil, que seja seu mandato final.
Quanto a ela, a justa punição seria de que o velho tivesse vida longa e ela se obrigasse a conviver com ele, em seus arroubos alcoolistas, até o fim dos dias.
E OS VELHINHOS?

Não é possível que nos esqueçamos, seja que pretexto for, do maior assalto realizado na história do serviço público brasileiro, este em processo de denúncia e avaliação a saber, a tunga dos aposentados. Quando me deparo com a notícia de que a Ministra Gleisi da Sapucaí avoca ao atual governo a descoberta do roubo, como se isso fosse um ato de dignidade, me pergunto: “quosque tandem, catilina, abutere patientia nostra?”, e me valho da expressão latina em respeito ao leitor, para não usar linguagem chula.
Essa horrível e desprezível incapacidade de reconhecer seus próprios erros, e buscar responsabilizar o Governo antecedente, é extremamente revoltante. Ora, se existe responsabilidade no que tange ao escândalo do INSS, que possa ser atribuída ao Governo Bolsonaro, que se puna exemplarmente quem quer que seja dessa etapa. Agora, essa tentativa da Sra. Ministra de lavar a óbvia criminalidade do seu governo, trazendo a exemplar investigação da Polícia Federal ao seio do Executivo, é menoscabar de forma sórdida a capacidade de raciocínio de nossa gente.
Entendo que esse continuado desprezo ao bom senso da população exige, além de reflexão, atitude: é hora de as pessoas entenderem que não basta reclamar e vociferar contra o atual estado de coisas; é preciso lembrar Ulisses e o velho mote “político só tem medo de povo na rua”.
E enquanto o povo continuar a ir às ruas só para falar em anistia, fica claro que tudo continuará como está.
HABEMUS CANDIDATO
Neste momento histórico, está na moda falar que temos candidato, em especial enquanto o Conclave que, pelo menos até o momento em que escrevo, não se concluiu, tem tanta atenção mundial. Mas quero aqui lembrar que temos, sim, candidato à Presidência de República.
E quando escrevo que temos candidato, me refiro a quem é de direita, de centro direita e agrego os cidadãos que amam o Paraná. E por que escrevo que temos candidato? Porque me parece claro, neste momento, que além da vontade e simpatia já expressas pela empreitada, o ilustre Governador Ratinho Jr. construiu um mote extremamente relevante e inteligente que o fará centralizar as atenções de todo o brasileiro que não se conforma com o crescimento exacerbado do narcotráfico em nosso país.
Com efeito, o Governador defendeu, e fê-lo com oportunidade e competência, a estadualização da legislação penal. Ora, não passa desapercebido a ninguém que este é um tema que confronta a ideia do Ministro “Lewa” (o pai daquele que advoga para os que roubam aposentados) de destruir as Polícias Militares e centralizar a segurança no inepto e incompetente Governo Federal.
Mais do que simpatizar com a ideia, o que já tornei claro, por óbvio, a defendo porquanto não passa desapercebido a nenhum brasileiro sério que o Governo Federal foi comemorado quando eleito pelo crime organizado, e sua complacência é irrefutável.
Disse o Governador: “O crime organizado e a dinâmica do crime mudam muito rápido. Se não tem a decisão da punição rápida, regional, ficaremos discutindo teses que não resolvem a situação na prática. E os crimes são diferentes regionalmente, alguns lugares sofrem mais ou menos com algumas situações que poderiam ter respostas mais severas. O problema do Brasil não tá na prisão, as polícias trabalham e prendem, mas na punição, que é branda”,
Pessoalmente, entendo que uma candidatura presidencial em país com a magnitude que tem o nosso, exige o postulante consiga além de expressar de forma adequada uma visão de competência e experiência administrativas que o qualifiquem, congregar a isto ideias que faça a grande massa eleitoral aderir ao seu propósito. Certamente, todo pai, mãe, avô ou avó se sente sensibilizado quando provocado por um candidato a pensar com ele uma forma de oferecer maior segurança aos seus descendentes e, sobretudo, uma visão de um Estado que, em algum momento, finalmente, ofereça a garantia prevista em Constituição, de poder ir e vir em segurança.
“A sociedade não aguenta mais ver bandido ser tratado como anjinho. O cidadão de bem não pode mais viver trancado em casa. É uma inversão da lógica. Estados precisam ter autonomia para endurecer as penas. Punição mais dura para criminoso significa, no final do dia, tranquilidade para as famílias brasileiras viverem em liberdade”, afirmou Ratinho Jr. Como se vê, o ilustre e jovem político consegue sintetizar, de forma clara e em linguagem acessível, o desejo da cidadania.
Quero crer que a valorização das Polícias Militares estaduais, bem como das Polícias Civis, com uma legislação que lhes garanta poder combater o narcoestado com eficiência, será extremamente proveitosa. Existem, evidentemente, pessoas que contestam a ideia, lembrando que os homens são corrompíveis e que, por conseguinte, as polícias às quais me referi estarão sendo mais assediadas. Me parece absolutamente simples combater o argumento, lembrando desde logo que, quanto menor a estrutura do Leviatã, mais fácil será diagnosticar e enfrentar a corrupção, que é uma das características de parcela dos seres humanos.
Em conclusão, de minha parte, que como o leitor sabe, sempre defendi a candidatura de um paranaense à Presidência da República, manifesto alegria, porque a proposta é magnífica e o futuro candidato a Presidente da República encontrou a linguagem adequada para defende-la.
MOVIMENTAÇÃO ATUALIZADA
Enquanto os velhos partidos buscam acordos que os tornem cada vez mais milionários à custa do sagrado suor do povo brasileiro, desponta alavancado pela juventude de seus componentes, um novo partido chamado Missão.
Há que destacar que Renan e seus companheiros atingiram, com certa facilidade, um milhão de assinaturas que amparam legalmente a formalização da legenda, e isto merece ser bastante enfatizado. Lembro por oportuno que o Aliança que tinha como carro-chefe Jair Bolsonaro não conseguiu ser construído, o que faz avultar o sucesso dos jovens.
Uma vez estruturado e legalizado na vida política, o partido terá uma responsabilidade muito clara: porquanto o chamado MBL que, indubitavelmente o ampara, tenha enfrentado dificuldades quando seus membros saem da atuação do movimento e passam a exercer funções remuneradas na vida pública.
Episódio recente na Câmara Municipal de Curitiba exemplifica, com bastante clareza, a dúvida que suscito. Me parece que há uma necessidade premente de que os jovens partícipes encontrem um bom termo que lhes permita conviver com a política, tal como ela é estruturada na sua representatividade oficial, ou seja, Câmaras, Assembleias, Câmara Federal e Senado, e os ideários motivacionais dos seus participantes.
De qualquer maneira, em tempos de federações e junções entre partidos que têm como elo de ligação tão somente força econômica, saber que os jovens estão “na área” é muito positivo.
ORAÇÃO DE OGIER BUCHI:
Nesta semana, oro pelos athleticanos, que conseguiram ficar abaixo do Coritiba na tabela de classificação. Amém!